Entrevista da Hayley Williams para o The guardian


Em entrevista ao The guardian, Hayley fala pela primeira vez sobre a foto dela fazendo topless que vazou no twitter, sobre o namoro com o Josh, sobre o quase fim do paramore, entre outros assuntos. Segue a tradução:
O rosto dos clientes no elevador é uma imagem. Eles reconhecem a pequena garota de cabelo de néon laranja e amarelo que ficou no piso três do shopping em West Hollywood. Mas sendo aqui LA, eles tem que se comportar. Não podem deixar transparecer que essa é Hayley Williams do Paramore! A banda de rock de Franklin, Tennessee que já vendeu desde o início da banda em 2004, 4 milhões de álbuns! Finalmente um deles, um surfista, não consegue mais conter-se e começa a compor um texto furiosamente, aquele que você pode imaginar estar prestes a ser enviado do Iphone dele para todo o contingente emo californiano do Facebook.

Só as vezes eles (os fãs) assustaram ela. Como a quatro semanas atrás no Reading Festival, onde o Paramore abriu o show para o Blink-182 numa noite de domingo. Do lado do palco, eu tive uma visão da banda, do furor, de como os quatro garotos do Paramore foram em seus ritmos e Williams espreitando o palco, uma pequena mas comandante presença. Eu vi a distância que os fãs poderiam tocar seus heróis – havia uma procissão constante de jovens saindo da faixa de segurança, como se fosse dever deles enfrentar o esmagamento.
Hayley: “Há uma intensa e louca quantidade de energia sendo trocada.”

Ela divide seu tempo entre Franklin e Los Angeles, onde seu namorado Chad Gilbert da banda de pop punk New Found Glory mora.
Paul: O que acontece quando fica demais?
Hayley: “É tipo uma preparação para parar tudo e ir: ‘este show está totalmente insano agora, mas eu tenho que parar porque vocês estão se machucando. É um pouco louco de mais’”

Este aumento de sensação de risco é parte da emoção para os seguidores do Paramore.
Hayley: "É como quem acaba de chegar do quiroprático porque eu balanço muito a cabeça, eu acabo com as minhas costas e pescoço.”
(...)
“Recebemos cartas como: 'A duas semanas atrás eu tentei me matar, então eu ouvi suas músicas e isso fez eu me sentir como se eu não tivesse que desistir ainda'".

Uma vez uma garota enviou dois braceletes para o fanclube deles, um deles ela havia usado para cobrir as cicatrizes onde ela se cortava, até ela descobrir a tempestade perfeita de riffs serrados e letras bem elaboradas do Paramore.

Paul: Isso é uma enorme responsabilidade, não é?
Hayley: “É, mas isso também faz você sentir como se a música fosse muito poderosa, por que você sempre quer fazer alguma coisa mais?”



Ainda com 21 anos, Williams tem feito isso desde quando tinha 15 anos quando ela conheceu os irmãos Josh (guitarrista, 22 anos) e Zac Farro (baterista, 20 anos). Com Jeremy Davis (baixista, 25 anos) a bordo (um quinto membro, o guitarrista Taylor York, 22 anos, está na banda desde 2007), o Paramore assinou com a Fueled By Ramen (a Motown emo) e prontos para ir. Foram/tem sido seis anos de sucesso, com três álbuns de sucesso e uma reputação ganha como uma das líderes mundiais do dark-lite angst rock.

Mas também houve tumulto: os pais dos irmãos Farro se divorciaram, Williams e Josh tiveram um relacionamento que se acabou, e as relações da banda se azedaram ao ponto de que, em 2008 a banda quase se separou. De fato, o álbum mais recente da banda, o Brand New Eyes de 2009 tem sido comparado ao “Rumours” do ‘’Fleetwood Mac’’: um documento de um grupo caindo aos pedaços é cheio de som e fúria, significando ódio.

Hayley: “O álbum todo se refere não somente ao meu relacionamento amoroso com o Josh, mas as relações entre todos nós.” Ela diz brilhantemente. “É sobre o jeito que os outros garotos reagem sobre mim e Josh e sobre mim. Eu definitivamente me senti muito isolada” Por dois álbuns Farro foi não só seu parceiro musical mais também sua ‘folha musical’; para o Brand New Eyes, ela ainda escreveu músicas com ele, só agora elas foram sobre ele. Ela se sentiu vulnerável e exposta.
Hayley: “Foi mais embaraçoso depois da separação,” ela revela. “Teríamos argumentos e ele falaria: por que você não pode escrever na minha frente? Não devia ser de grande importância, você me conhece...”

A diferença era que eles já não estavam do mesmo lado: Paramore contra o mundo. Era Hayley VS Josh.
Hayley: “Antes ele se sentia parte de uma letra, quando nós estávamos batendo a cabeça, agora nos estamos colidindo.”
Paul: Ele se sentia como você, como o letrista, tinha a palavra final?
Hayley: “Eu era aquela com a arma real, eu acho.” Ela admite.
“Mas ele tinha a guitarra, certo? Quando ele escreveu um angsty riff como Ignorance, eu definitivamente senti a emoção daquilo”.

Ignorance foi a faixa em que Williams esteve mais nervosa para apresentar para os outros.
Hayley: “Eu tentei resmungar de todo o jeito” Ela ri. “Mas Taylor estava ao lado do alto falante e ouviu toda a letra. Ele me deu um olhar feroz – eu achava que ele fosse me matar – e me disse: então, você quer me falar sobre essa letra? Eu corri para o banheiro, estava muito nervosa. Mas conversamos por duas horas e reconciliamos um monte de coisas, coisas pesadas. Aquela música salvou a nossa banda.
(...)
“Ela pode ser odiosa, mas muito esperançosa também, essa é a mensagem importante. Mostra que não somos só superstars da moda”.

Williams não está totalmente confortável com a idéia de que Paramore é mais família perdiz que família pantera – a imagem da banda é como de garotos fofos de punk/metal conhecidos por não xingar, não beber, não se drogar ou pela sua fé cristã.
Hayley: "É como se fossemos a essas entrevistas e falássemos: “Oh, nós somos a banda da família, irmãos e irmãs, somos perfeitos. Mas na verdade, sempre fomos da música dark, pesada, irritada ou triste. Isso é o que queremos escrever.”
E ainda assim ela aceita que as músicas do Paramore no Brand New Eyes (do produtor do Green Day, Rob Cavallo) se tornaram ‘’grudentas".

Hayley: “As pessoas percebem o punk rock no sentido de ser durão, todo amarrado, louco e insano. Eu gosto de punk, a atitude assim como a música, mas eu não sinto que tenho que ser uma cópia disso e atrair toda essa controvérsia só para ser punk rock. E você não vai nos ver no jornal presos por cheirar cocaína em algum banheiro.”


Ela se mortificou recentemente quando alguém invadiu seu telefone móvel e encontrou uma foto dela de topless e a divulgou na internet via twitter. Mas isso foi menos sobre puritanismo do que sobre sua privacidade ser invadida.
Hayley: “Não era pra ninguém ver aquilo, aquilo era meu negócio”
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“Não me desculpo por quem eu sou. Eu particularmente não sou ‘ osso duro de roer, ’ mas também não sou ‘corretinha’. Definitivamente eu tenho um senso de humor negro e uma mente muito suja quando estou com meus amigos. Mas eu sou do sul, onde fui ensinada que se você quer falar ‘merda’ você vá e diga isso no seu quarto.” – Ela pensa sobre isso por um momento. “Só porque eu gosto de usar calcinha no palco não significa que eu não sairia com alguém que não goste. Eu só gosto de saber que estou no controle. É por isso que eu não uso drogas ou bebo.
Eu bebi um pouco quando estava crescendo, até perceber que eu estava fazendo isso pra ser “legal”.
“Eu quero que tudo que eu fale ou escreva venha do coração, não de uma pílula ou de um cachimbo”

Talvez a impenetrabilidade do Paramore pros costumes do rock, ou sua resiliência tenha se conectado com multidões de adolescentes e jovens adultos, porque a música do Paramore está em todo lugar agora: o uso da faixa Decode na trilha sonora de Crepúsculo os fez um elemento onipresente da bagagem cultural que este fenômeno é. Williams foi a n° 1 no começo desse ano como vocalista convidada para “Airplanes” do rapper B.o.B, postulando o Paramore como uma especie de “No Doubt moderno”, e Williams como a nova Gwen Stefani, capaz de voar entre projetos e através de gêneros, quando The Only Exception (uma balada do brand new eyes) foi apresentada em um episódio de Glee.
(...)
O single Playing God será lançado em 15 de novembro. O Paramore toca na Nottingham Arena, no dia 8 de novembro.
 Confira a entrevista no site clicando aqui!

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